Estimativa do estoque volumétrico e acúmulo de biomassa e carbono em uma floresta ombrófila densa na Floresta Nacional de Carajás
Ana Paula Pinheiro Moraes1,*
https://orcid.org/0009-0008-2611-7166
* Contato principal
Sintia Valerio Kohler1
https://orcid.org/0000-0002-8532-771X
Thais Silva Vieira1
https://orcid.org/0009-0008-6711-3591
Fernando da Costa Brito Lacerda1
https://orcid.org/0000-0002-9801-3680
Selma Lopes Goulart1
https://orcid.org/0000-0002-1324-4931
Ximena Mendes de Oliveira1
https://orcid.org/0000-0002-9887-7075
1 Universidade Federal Rural da Amazônia/UFRA, Parauapebas/PA, Brasil. <anapaulapmmoraes16@gmail.com, sintia.kohler@ufra.edu.br,
thais.eng.florestal8486@gmail.com, fernando.lacerda@ufra.edu.br, selma.goulart@ufra.edu.br, ximena@ufra.edu.br, deirilane63@gmail.com.br>.
2 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade/ICMBio, Brasil. <paulo.faiad@icmbio.gov.br>.
Recebido em 08/08/2024 – Aceito em 27/12/2024
RESUMO – A quantificação do volume e biomassa de uma floresta é essencial para o manejo e uso sustentável dos recursos existentes. A biomassa auxilia na compreensão da dinâmica da floresta, permitindo obter estimativas do estoque de carbono, um serviço ecossistêmico imprescindível prestado pelas florestas. O objetivo do estudo foi estimar o estoque volumétrico, acúmulo de biomassa e carbono na Floresta Nacional de Carajás, em Parauapebas, Pará.
Foram utilizados dados de inventário florestal contínuo, com 7 parcelas permanentes de 2.000 m², onde foram mensuradas a circunferência à altura do peito (CAP) e altura total das árvores pertencentes ao estrato arbóreo (DAP ≥ 10 cm) e regenerante (5 ≤ DAP < 10 cm). As estimativas de volume e biomassa foram obtidas utilizando equações alométricas e para obtenção do estoque de carbono, a biomassa foi multiplicada por 0,5. O maior acúmulo de volume, biomassa e carbono ocorreu na classe 95 cm de DAP, indicando que um menor número de árvores de grande porte, foram responsáveis pela maior quantidade do volume e biomassa acumulados. Para o componente arbóreo foi estimado um estoque volumétrico de 613,61 m³.ha-1, com 375,70 t.ha-1 de biomassa e 187,85 t.ha-1 de estoque de carbono. Para a regeneração, estimou-se uma biomassa de 23,73 t.ha-¹ e 11,86 t.ha-¹ de carbono estocado. Os resultados de biomassa e carbono mostraram-se superiores aos encontrados na literatura para regiões fitoecológicas semelhantes, evidenciando o grande acúmulo de carbono na vegetação florestal da Floresta Nacional de Carajás, sendo isso uma caraterística importante para a mitigação das mudanças climáticas.
Palavras-chave: Floresta Amazônica; distribuição diamétrica; equação alométrica; manejo florestal.
Estimation of volumetric stock and accumulation of biomass and carbon in a dense ombrophilous forest at Carajás National Forest
ABSTRACT – The quantification of the volume and biomass of a forest is essential for the management and sustainable use of existing resources. Biomass helps in understanding forest dynamics, allowing for estimates of carbon stock, a crucial ecosystem service provided by forests. The objective of the study was to estimate the volumetric stock, biomass accumulation, and carbon in the Carajás National Forest, in Parauapebas, Pará. Data from continuous forest inventory were used, with 7 permanent plots of 2,000 m², where the circumference at breast height (CBH) and total height of the trees belonging to the arboreal stratum (DBH ≥ 10 cm) and regenerating stratum (5 ≤ DBH < 10 cm) were measured.
Volume and biomass estimates were obtained using allometric equations, and to obtain the carbon stock, the biomass was multiplied by 0.5. The greatest accumulation of volume, biomass, and carbon occurred in the 95 cm DBH class, indicating that a smaller number of large trees were responsible for the majority of the accumulated volume and biomass. For the arboreal component, a volumetric stock of 613.61 m³.ha-1 was estimated, with 375.70 t.ha-1 of biomass and 187.85 t.ha-1 of carbon stock. For regeneration, biomass was estimated at 23.73 t.ha-1 and carbon stock at 11.86 t.ha-1. The biomass and carbon results were higher than those found in the literature for similar phytogeographic regions, highlighting the significant carbon accumulation in the vegetation of the Carajás National Forest, which is an important characteristic for climate change mitigation.
Keywords: Amazon Rainforest; diameter distribution; allometric equation; forest management.
Estimación del stock volumétrico y acumulación de biomasa y carbono en un bosque ombrófilo denso en la Floresta Nacional de Carajás
RESUMEN – La cuantificación del volumen y biomasa de un bosque es esencial para la gestión y uso sostenible de los recursos existentes. La biomasa ayuda a comprender la dinámica del bosque, permitiendo obtener estimaciones del stock de carbono, un servicio ecosistémico crucial proporcionado por los bosques.
El objetivo del estudio fue estimar el stock volumétrico, la acumulación de biomasa y carbono en la Floresta Nacional de Carajás, en Parauapebas, Pará. Se utilizaron datos de inventario forestal continuo, con 7 parcelas permanentes de 2.000 m², donde se midieron la circunferencia a la altura del pecho (CAP) y la altura total de los árboles pertenecientes al estrato arbóreo (DAP ≥ 10 cm) y regenerante (5 ≤ DAP < 10 cm). Las estimaciones de volumen y biomasa se obtuvieron utilizando ecuaciones alométricas y para obtener el stock de carbono, la biomasa se multiplicó por 0,5. La clase de 95 cm de DAP concentró la mayor acumulación de volumen, biomasa y carbono, indicando que pocos árboles grandes aportan la mayor proporción de estos valores. Para el componente arbóreo se estimó un stock volumétrico de 613,61 m³.ha-1, con 375,70 t.ha-1 de biomasa y 187,85 t.ha-1 de stock de carbono. Para la regeneración, se estimó una biomasa de 23,73 t.ha-1 y 11,86 t.ha-1 de carbono almacenado. Los resultados de biomasa y carbono superan los valores registrados en estudios de regiones fitoecológicas similares, destacando la gran acumulación de carbono en la vegetación forestal de la Floresta Nacional Carajás, característica importante para mitigar el cambio climático.
Palabras llave: Selva Amazónica; distribución diamétrica; ecuación alométrica; manejo forestal.
Introdução
Classificada como a maior floresta tropical úmida do mundo, a Floresta Amazônica possui uma grande biodiversidade de espécies animais e vegetais [1][2]. Composta por diferentes tipos de vegetação e composição florística, abrange tanto a riqueza de ecossistemas quanto de espécies [3][4].
A conservação, proteção e restauração das florestas nativas são fundamentais, visto sua importância na prestação de serviços ecossistêmicos que são imprescindíveis para a manutenção do planeta, sobretudo no sequestro e estocagem de carbono. A capacidade das árvores em acumular e armazenar em sua biomassa grandes quantidades de carbono desempenha relevante papel no atual cenário de discussões sobre mudanças climáticas [5][6]. Diante disso, a fomentação de estudos e análises sobre a cobertura florestal são necessários, visto que ainda são escassos e imprescindíveis para determinação de metodologias mais adequadas que garantam a conservação ambiental e promovam o aproveitamento sustentável dos recursos naturais [7].
Nas últimas décadas, os debates têm se intensificado acerca do crescente aumento do efeito estufa e consequentemente do aquecimento global. As atividades antrópicas constituem o principal fator agravante para tais aumentos, com a perda de cobertura vegetal nos ecossistemas florestais em virtude do desmatamento, o que proporciona grande fonte de emissão de CO2 para a atmosfera [6][8].
Visando mitigar esses efeitos, foi estabelecido o Protocolo de Quioto, um tratado internacional para controle da emissão de gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera, considerado um marco nos esforços internacionais para o enfrentamento das mudanças climáticas [9]. Sua principal meta estabelecida foi a redução em 5% das emissões de gases de efeito estufa pelos países assinantes (maiores poluidores) durante o período de 2008 a 2012, que corresponde ao primeiro período do compromisso. O Protocolo entrou em vigor em fevereiro de 2005, e trouxe três mecanismos a fim de auxiliar os países desenvolvidos: Comércio de Emissões, Implementação Conjunta e Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). Por meio do MDL, países em desenvolvimento, como o Brasil, podem implementar projetos que visem a sustentabilidade e a redução dos GEE, valorizando as florestas como grandes reservatórios de carbono, e utilizando-as como ferramentas essenciais nesses projetos [6][10].
Novos acordos foram firmados buscando fortalecer ainda mais a resposta dos países à ameaça da mudança do clima global, como o Acordo de Paris, assinado durante a Conferência das Partes (COP 21) em 2015, tornando-se mais abrangente, por envolver tanto os países desenvolvidos como os em desenvolvimento [11]. O acordo propôs metas parecidas na adoção de medidas de redução das emissões de GEE, como limitar o aumento da temperatura global em menos de 2°C e, preferencialmente, abaixo de ١,٥°C, em relação aos níveis pré-industriais [12]. Os países assinantes criaram seus próprios compromissos, a partir de Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC), comprometendo-se em colaborar com a meta global de redução de emissões de gases do efeito estufa [11].
No Brasil, esses compromissos envolvem reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 37% abaixo dos níveis de 2005 até 2025, além de zerar o desmatamento ilegal na Amazônia brasileira, compensar as emissões de gases de efeito estufa provenientes da supressão legal da vegetação, e restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares de florestas, como metas até 2030. Essas metas são fundamentais e demonstram o importante papel do Brasil no contexto internacional de combate às mudanças climáticas, considerando a relevância da Amazônia como sumidouro de carbono [13].
Diante disso, torna-se fundamental a realização de estudos voltados para a quantificação do volume, biomassa e carbono estocados nas florestas, gerando, assim, uma base de dados essencial para o manejo e uso sustentável dos recursos existentes. Para que isso seja alcançado, é necessária a obtenção de estimativas precisas e confiáveis acerca desses estoques [8].
A mensuração dessas variáveis pode ser feita pelo método direto e indireto. O método direto, consiste na quantificação pelo modo destrutivo, no entanto, é oneroso e demanda muito tempo.
No método indireto, a mensuração é feita utilizando dados de inventário florestal e equações alométricas, que utilizam o diâmetro medido a 1,30 m do solo (DAP) e altura total das árvores como variáveis independentes nas equações, tornando-se uma alternativa viável por não necessitar a derrubada de árvores, o que é vantajoso quando se trata de florestas nativas [5][14][15][16].
Considerando o exposto, este estudo teve como objetivo estimar, por meio de equações alométricas, o estoque volumétrico e o acúmulo de biomassa e carbono em uma floresta ombrófila densa na Floresta Nacional de Carajás, no município de Parauapebas, Pará.
Material e Métodos
O estudo foi desenvolvido na Floresta Nacional de Carajás (FLONA de Carajás), localizada no município de Parauapebas, no estado do Pará, cujas coordenadas são: 6º 01’ 47” S, 50º 34’ 54”O.
A vegetação dessa área é composta majoritariamente por floresta ombrófila densa. O clima da região, segundo a classificação de Köppen, é “Awi”, tropical chuvoso com seca de inverno, caracterizado por um forte período de estiagem, coincidindo com o inverno do Hemisfério Sul, com precipitação média anual de 1.626 mm e temperatura média de 26 ºC [17].
Nessa região são predominantes os solos pertencentes às classes cambissolos plínticos e neossolos litólicos, considerados rasos, de difícil manejo e suscetíveis à erosão [18].
Foram instaladas sete parcelas permanentes, com área de 2.000 m² e dimensões de 20 m x 100 m, totalizando 1,4 ha na região do Igarapé Bahia, na FLONA de Carajás (Figura 1). As parcelas foram alocadas de maneira aleatória, seguindo uma antiga estrada de acesso dentro da floresta, de forma a representar o gradiente de variação da região. Segundo Silva et al. [19], o processo de amostragem adotado é o mais indicado para instalação e medição de parcelas permanentes em florestas naturais da Amazônia brasileira. Dentro dos limites das parcelas foram mensuradas a circunferência a altura do peito (CAP) (medida a uma altura de 1,30 m do solo) e altura total das árvores pertencentes ao estrato arbóreo (DAP ≥ 10 cm) e regenerante (5 cm ≤ DAP < 10 cm). Para a medição do CAP utilizou-se fita métrica e para as alturas, o hipsômetro digital Vertex IV. Foi realizada a identificação botânica a nível de espécie de todos os indivíduos das parcelas, com auxílio de um parabotânico.
Figura 1 – Localização das parcelas permanentes alocadas na região do Igarapé Bahia, na Floresta Nacional de Carajás, Pará.
Os indivíduos amostrados foram classificados em dois estratos: estrato de regeneração, composto por indivíduos com DAP igual ou maior a 5 cm e inferior a 10 cm, conforme o critério de inclusão utilizado por Silva et al. [19]; e outro estrato formado por indivíduos com DAP igual ou superior a 10 cm, sendo um critério de inclusão amplamente utilizado por diversos autores [20][21][22] em estudos direcionados à quantificação de estoques de volume, biomassa e carbono na Floresta Amazônica.
A caracterização da estrutura diamétrica da floresta foi analisada por meio de uma distribuição diamétrica com amplitude de classes de 10 cm, esta informação permitiu compreender a estrutura da floresta e o padrão em que os estoques de volume, biomassa e carbono estão distribuídos.
O volume dos indivíduos amostrados no estrato arbóreo (DAP ≥ 10 cm) foi estimado a partir da equação volumétrica de Schumacher e Hall, desenvolvida por Rolim et al. [23], para dados provenientes da Floresta Nacional do Tapirapé-Aquiri, no Pará. Essa equação foi selecionada, após pesquisa bibliográfica, por ter sido desenvolvida para uma área próxima e com características semelhantes a área do presente estudo. A equação ajustada apresentou coeficiente de determinação ajustado (R²aj) de 99,42%, erro padrão de estimativa (Syx%) de 4,68% e não foram identificadas tendências nas estimativas por meio da análise gráfica dos resíduos.
V = 1,3332 (DAP)2,0836 (h)0,7320
Em que: V = volume (m³); DAP = diâmetro a 1,30 m do solo (m); h = altura total (m).
A biomassa aérea dos indivíduos amostrados foi determinada a partir da equação desenvolvida por Higuchi et al. [24], utilizada em diversos trabalhos [25][26][27] direcionados a estudos que estimam a biomassa em formações florestais, apresentando coeficiente de determinação de 90% [24][8].
A equação também foi utilizada para estimar o acúmulo de biomassa presente no estrato regenerante (5 cm ≤ DAP < 10 cm) da floresta. Higuchi et al. [24], fornecem estimativas de biomassa para os indivíduos considerando seu peso úmido. Assume-se que o peso seco é cerca de 60% do peso úmido, conforme Castilho et al. [28], dessa forma, multiplicou-se os valores obtidos por 0,6 para fornecer estimativas de biomassa seca.
BA = [0,077 + 0,492 DAP² h] 0,6
Em que: BA = estoque de biomassa lenhosa da parte aérea (t.ha-1); DAP = diâmetro a 1,30 m do solo (m); h = altura total (m).
O estoque de carbono da parte aérea lenhosa (estrato arbóreo e regenerante) foi determinado por meio da multiplicação das estimativas de biomassa pelo fator 0,5, levando em consideração a relação de 2:1 entre a biomassa e o estoque de carbono [8]. Para avaliar a precisão das estimativas, foram analisados os valores de desvio padrão e coeficiente de variação (CV), com o objetivo de avaliar a variabilidade dos dados e compreender sua dispersão em relação à média [29]. As análises estatísticas foram realizadas no Microsoft Excel 365 (Versão 2410 Build 16.0.18129.20100).
Resultados e Discussão
Foram contabilizados 622 indivíduos, distribuídos em 167 espécies arbóreas, pertencentes a 42 famílias botânicas. Obteve-se uma estimativa média de 444 árvores por hectare com DAP ≥ 10 cm, com área basal de 32,33 m².ha-1 e altura total média igual a 19,6 m. Para a comunidade regenerante, foram amostrados 216 indivíduos, distribuídos em 97 espécies arbóreas, pertencentes a 31 famílias botânicas. Obteve-se uma estimativa média de 360 árvores por hectare, com área basal de 1,78 m².ha-1 e altura total média igual a 10,4 m.
A análise da distribuição diamétrica, com intervalo de classes de 10 cm, conforme observado na Figura 2, demonstrou um padrão decrescente do número de indivíduos, em forma de ‘J-invertido’, em que o maior número de indivíduos se concentrou nas menores classes de diâmetro, sendo este comportamento, característico de florestas nativas [30]. A menor classe (5 cm) obteve a maior representatividade no povoamento com cerca de 44,76% do total dos indivíduos. Verifica-se que a maior classe de diâmetro (135 cm), possui uma baixa representatividade no povoamento (0,27%), com apenas dois indivíduos por hectare. Esse formato de distribuição demonstra que a floresta não sofreu grandes perturbações, e que um maior número de indivíduos nas classes iniciais indica uma comunidade com alta regeneração natural [22][31].
O volume total médio estimado para a área de estudo foi de 613,61, com desvio padrão de ± 137,07 m³.ha-¹. Estudos que estimam o volume de florestas na Amazônia, para um DAP de inclusão de 10 cm, obtiveram valores inferiores. Por exemplo, Souza et al. [32], em floresta tropical úmida não explorada no estado do Amazonas, encontraram um volume de 360,67 ± 37,27 m³.ha-¹. De forma semelhante, Silva et al. [21] estimaram um volume de 383,6 ± 32,7 m³.ha-¹ em uma floresta densa de terra firme no bioma amazônico.
A maior quantidade de volume estimado para o povoamento em estudo, em comparação com os demais trabalhos, pode ser atribuída às possíveis variações fitofisionômicas e características específicas de cada área, apesar de ambas serem florestas densas, a diversidade das florestas tropicais é muito grande, dessa forma, elas podem possuir diferentes estágios de sucessão, de distribuição diamétrica e composição de espécies, influenciando na quantidade de volume de madeira presente [5]. A tipologia da área estudada, uma floresta ombrófila densa, caracteriza-se por apresentar elevados valores de biomassa e elevado volume de madeira [33][34][35]. Dentre as espécies que apresentaram maior estimativa de volume encontram-se Erisma uncinatum Warm. (99,27 m³.ha-1), Copaifera duckei Dwyer (52,95 m³.ha-1), e Eschweilera bracteosa (Poepp. ex O.Berg) Miers (50,45 m³.ha-1), que juntas somam 202,67 m³.ha-1.
A distribuição do volume por classe diamétrica (Figura 3) demonstra uma uniformidade deste estoque ao longo das classes iniciais (15 a 35 cm). No entanto, à medida que os diâmetros aumentam, observa-se um maior acúmulo no estoque volumétrico, com a classe de 95 cm obtendo o maior volume (108,21 m³.ha-¹).
Além disso, observa-se que (Figura 4), apesar de as parcelas estarem instaladas em uma mesma região, existe uma grande variação em relação à concentração de árvores de grande porte dentro dos limites das parcelas. As parcelas 1 e 2, caracterizaram-se por apresentar uma regeneração natural intensa e menor quantidade de árvores com diâmetros iguais ou superiores a 50 cm (7 ind.ha-1). Comparativamente, as parcelas 3 a 7, possuem uma frequência maior de indivíduos com diâmetros iguais ou superiores a 50 cm (29 ind.ha-1).
Esse comportamento pode resultar no elevado valor de desvio padrão para o volume estimado (137,07 m³.ha-¹) e o alto coeficiente de variação (23,36%). Conforme Gomes [36], valores de coeficiente de variação entre 20 e 30%, indicam uma alta dispersão dos resultados em relação à média. As medidas de dispersão observadas neste estudo foram influenciadas pelas características típicas de uma floresta tropical, que apresenta alta diversidade de espécies e indivíduos com diferentes estágios de crescimento [30].
A biomassa aérea total estimada para a floresta foi de 375,70 ± 82,18 t.ha-¹. O resultado obtido neste estudo é semelhante a outros estudos realizados utilizando equações alométricas na Amazônia, como o realizado por Salomão [37] sobre vegetação de floresta primária na Amazônia Oriental, que obteve estimativas de biomassa aérea de 388 t.ha-¹ e por Castilho et al. [28] em floresta de terra firma que obteve valor médio de 328 ± 41,9 t.ha-1. Em trabalho realizado por Santos et al. [38] em floresta ombrófila densa em duas áreas de pesquisa na FLONA Tapajós, calculou-se um valor de biomassa seca inferior aos deste estudo, variando entre 298,11 ± 29,40 (área 1) a 248,92 ± 61,78 t.ha-¹ (área ٢).
O estoque de carbono total foi estimado em 187,85 ± 41,09 t.ha-¹. Outros valores obtidos em trabalhos na Amazônia, para árvores com o DAP ≥ 10 cm, foram inferiores ao verificado neste estudo, como os de Silva et al. [21] em estudo de floresta densa de terra-firme no Amazonas, que obteve estoque de carbono variando entre 158,7 ±13,3 a 165,4 ±12,9 t.ha-¹, e Pimentel et al. [39], que estimou o carbono obtido após a conversão da biomassa em 148,69 t.ha-1, em uma floresta de terra firme na região metropolitana de Belém, no estado do Pará.
As estimativas do presente estudo denotam a importância das árvores de grande porte, no que se refere aos estoques de carbono presentes na floresta, pois, apesar da abundância de indivíduos na classe de 15 cm, a grande contribuição no acúmulo de biomassa e carbono ocorreu na classe diamétrica de 95 cm, indicando que um menor número de árvores (6 ind.ha-1), foram responsáveis pela maior quantidade de biomassa e carbono acumulados. Esse padrão é refletido no elevado coeficiente de variação (42,37%) encontrado para ambos os estoques, evidenciando a diferença significativa que existe na contribuição de biomassa e carbono entre as classes de diâmetro (Figura 5).
A quantidade de biomassa acumulada está fortemente correlacionada com o acúmulo da área basal desses indivíduos, além de exercer influência direta no porte das árvores e no potencial da floresta, uma maior área basal pode resultar em maiores valores de biomassa e possivelmente ótimos teores de carbono estrutural presentes na floresta, sendo este um indicativo importante quando se trata de uma abordagem sustentável desses locais como sumidouros de carbono [40][41].
Quando abatidos ou mortos, indivíduos pertencentes às maiores classes, representam um déficit importante nos estoques presentes na floresta, devido possuírem ciclo de vida longo e incremento lento, e deste modo, a recuperação desses estoques pode demorar muitos anos [38]. Além disso, esses indivíduos desempenham um papel chave para o funcionamento do ciclo do carbono, pois detêm a maior parte da biomassa acumulada, como também exercem influência no funcionamento da floresta e nos processos ecossistêmicos como a regulação de luz, água e nutrientes no solo [42][43].
Nesse contexto, as atividades ilegais ou que não possuem planejamento adequado segundo as premissas do manejo florestal sustentável, podem representar uma séria ameaça ao estoque de carbono da floresta, devido à exploração seletiva dos indivíduos com maiores diâmetros, que por sua vez, são os principais responsáveis pelo acúmulo de carbono [44][45]. Portanto, é evidente a necessidade do aprimoramento de práticas de manejo florestal sustentáveis, buscando a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais, de forma racional, respeitando o ecossistema, e que vise mitigar os impactos da degradação florestal e garantir a sustentabilidade das florestas tropicais a longo prazo [46].
A realização de pesquisas e estudos relacionados a estimativas de biomassa e carbono, segundo Higuchi et al. [24], contribuem de forma significativa na avaliação das atividades de manejo florestal, no que se refere ao monitoramento da exportação de nutrientes após a exploração florestal, contribuindo assim, para a diminuição os impactos negativos que podem ser gerados por essa atividade.
Para o componente regenerante foi estimado uma biomassa de 23,73 ± 3,36 t.ha-¹, valor inferior ao encontrado por Higuchi [47], em estudo realizado em sete sub-regiões de florestas maduras de terra firme do estado do Amazonas, que obteve estimativa média de biomassa de 34,7 ± 3,6 t.ha-¹ , para indivíduos com diâmetros entre 5 e 10 cm. Para o estoque de carbono, estimou-se 11,86 ± 1,68 t.ha-¹, este valor foi inferior ao estimado por Luna [48] para a regeneração natural de uma floresta manejada no estado do Amazonas, que quantificou um estoque de carbono médio de 13,02 ± 2,1 t.ha-1. Possivelmente, esta diferença ocorreu devido a influência do manejo sobre a regeneração natural da floresta.
A quantificação da biomassa aérea presente no estrato regenerante possui grande relevância para compreender e avaliar a dinâmica de uma floresta [48]. Segundo Romero [49], os indivíduos que compõem a regeneração podem contribuir para o sequestro de carbono, potencializando assim o papel imprescindível das florestas como sumidouros de CO2. Além disso, quando os indivíduos selecionados são retirados no processo de extração da madeira, o componente regenerante contribui compensando a perda desse acúmulo, contribuindo assim, na recuperação ao longo dos anos desses estoques em áreas manejadas.
Conclusão
A estimativa de volume médio para a área estudada foi de 613,61 m³.ha-¹, com alta variação (CV de 23,36%) entre as parcelas amostradas.
A estimativa média de biomassa foi de 375,70 t.ha-¹ com um estoque de carbono estimado em 187,85 t.ha-¹.
Os estoques de biomassa e carbono presentes na floresta apresentaram elevada variação (CV de 42,37%) quando distribuídos por classes de diâmetro. O maior acúmulo dos respectivos estoques foi observado nos indivíduos pertencentes à classe de 95 cm de diâmetro (árvores de grande porte da floresta), evidenciando a importância desses indivíduos para os processos ecossistêmicos, como o ciclo do carbono.
Os resultados desta pesquisa reforçam a importância de estudos direcionados à quantificação dos estoques de biomassa e carbono presentes nas florestas, os quais contribuem para o manejo florestal sustentável destas áreas e para o desenvolvimento de políticas públicas, como projetos de crédito de carbono, que incentivam a conservação da floresta em pé. Além disso, ressalta-se o importante papel da Floresta Amazônica para a mitigação das mudanças climáticas.
Agradecimentos
A Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) pelo apoio durante a realização do projeto e a Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (FAPESPA) pela concessão da bolsa de estudos.
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Como citar:
Moraes APP, Kohler SK, Vieira TS, Lacerda FCB, Goulart SL, Oliveira XM de, Moraes G de, Faiad JB. Estimativa do estoque volumétrico e acúmulo de biomassa e carbono em uma floresta ombrófila densa na Floresta Nacional de Carajás. Biodivers. Bras. [Internet]. 2025; 15(1): 13-24. https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v15i1.2655.
Deirilane Galvão de Moraes1
https://orcid.org/0000-0001-6790-4280
Paulo Jardel Braz Faiad1
https://orcid.org/0009-0005-4491-4896
Figura 2 – Distribuição diamétrica para os indivíduos arbóreos de uma floresta ombrófila densa, em Parauapebas, Pará.
Figura 3 – Distribuição de volume (m³.ha-1) por classe diamétrica para os indivíduos arbóreos de uma floresta ombrófila densa, em Parauapebas, Pará.
Figura 4 – Distribuição de volume (m³.ha-1) por parcela, para os indivíduos arbóreos de uma floresta ombrófila densa, em Parauapebas, Pará.
Figura 5 – Distribuição de biomassa e carbono (t.ha-1) por classe diamétrica para os indivíduos arbóreos de uma floresta ombrófila densa, em Parauapebas, Pará.
Biodiversidade Brasileira – BioBrasil.
Fluxo Contínuo e Edição Temática:
Gestão do Conhecimento e Sociobiodiversidade das Áreas Protegidas de Carajás
n.1, 2025
http://www.icmbio.gov.br/revistaeletronica/index.php/BioBR
Biodiversidade Brasileira é uma publicação eletrônica científica do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) que tem como objetivo fomentar a discussão e a disseminação de experiências em conservação e manejo, com foco em unidades de conservação e espécies ameaçadas.
ISSN: 2236-2886