Onde está Wilderness no Brasil? O conceito de áreas naturais primitivas para as unidades de conservação brasileiras

Autores

  • Renata B. Bradford University of Montana, W.A. Franke College of Forestry & Conservation, Department of Society & Conservation, Missoula, MT, USA
  • Carlos Augusto Assumpção de Figueiredo Universidade de Coimbra/UC, Centro de Estudos em Geografia e Ordenamento Territorial/CEGOT, Coimbra, Portugal
  • Camila Gonçalves de Oliveira Rodrigues Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro/UFRRJ, Departamento de Administração e Turismo/DAT, Programa de Pós-Graduação de Práticas em Desenvolvimento Sustentável/PPGPDS, Rio de Janeiro/RJ, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v12i3.1986

Palavras-chave:

Zoneamento , diversidade, recreação, áreas protegidas

Resumo

Este artigo apresenta áreas naturais primitivas (ANPs) como uma proposta conceitual que busca ampliar a diversidade de oportunidades de recreação nas unidades de conservação brasileiras, além de contribuir para o debate sobre os diferentes significados na relação entre seres humanos e natureza. As ANPs são áreas com caráter primitivo, onde o nível de naturalidade é alto e o de intervenção humana contemporânea mínima ou inexistente, nem mesmo trilhas estabelecidas ou sinalização são previstas. Essas áreas oferecem oportunidades recreativas e sociais consideradas de alto nível de aventura e risco, oportunidades de solitude e demandam a autossuficiência dos visitantes. O artigo apresenta antecedentes que inspiraram o conceito das ANPs, incluindo as características das áreas wilderness, amplamente difundidas nos Estados Unidos, e as diretrizes para a categoria 1b da União Internacional para Conservação da Natureza, além de apresentar a relação com o zoneamento de uma determinada unidade de conservação e a classe de experiências recreativas do "Rol de Oportunidades de Visitação em Unidades de Conservação". Por fim, são apresentadas considerações sobre as limitações encontradas nos instrumentos de planejamento e manejo de unidades de conservação brasileiras para a incorporação da proposta conceitual de ANPs, e também possibilidades para favorecer a diversidade de oportunidades de recreação por meio dessas áreas.

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Publicado

2022-04-01

Edição

Seção

Gestão do Uso Público: Turismo e Lazer em Áreas Protegidas