Caracterização do estoque madeireiro remanescente após a extração seletiva de madeira na Floresta Nacional do Tapajós
DOI:
https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v14i2.2435Palavras-chave:
Alteração populacional, estoque madeireiro, alterações florísticasResumo
No manejo florestal, a etapa de extração seletiva de madeira exige atenção para que os danos à floresta remanescente sejam minimizados. Conhecer a magnitude desses danos é crucial para direcionar práticas de manejo e garantir a sustentabilidade do manejo. Neste trabalho, buscou-se caracterizar o estoque madeireiro remanescente após a colheita em uma unidade de produção anual de uma área de manejo florestal, localizada na Floresta Nacional do Tapajós. Foram utilizados dados do inventário florestal 100%, considerando as árvores classificadas nas categorias de uso ou proteção. Do universo das árvores derrubadas, foram selecionadas 74 árvores para compor a amostragem utilizada para quantificar o impacto causado pela colheita quanto à abertura de clareiras e danos à s árvores remanescentes. Para processamento dos dados utilizou-se o Microsoft Excel e o QGIS. Na unidade foram inventariadas 92 espécies que acumularam um volume médio de 41,83 m³ ha de madeira. Para a colheita, foram selecionadas 24, que somaram um volume médio de 11,3 m³ ha. Na exploração, a Manilkara elata foi a espécie que sofreu maior redução populacional. Após a colheita, as médias de abertura da floresta causada pela derrubada das árvores acumularam 168,21 ha ± 34,3 ha de floresta, correspondente a uma variação entre 6,04 % a 9,13% da área total da unidade. Florestas manejadas na Amazônia seguem diretrizes técnicas que propõem garantia de redução de impactos na floresta remanescente e, embora a intensidade de colheita por espécie siga critérios econômicos, a limitação de intensidade prevista pela lei é respeitada.Â
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