Editorial - Manejo do fogo em áreas protegidas
DOI:
https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v6i2.653Resumen
O fogo é parte integrante e natural de diversos ecossistemas no mundo; são os ecossistemas pirofíticos, tais como as savanas, entre elas o Cerrado brasileiro. Apesar disto, políticas de exclusão do fogo, ou de "fogo zero", predominaram no Brasil e inclusive no Cerrado século XX. Em áreas de vegetação pirofítica, a tentativa de exclusão do fogo tende a não ser eficiente nem adequada. Essa abordagem não reconhece e marginaliza práticas de agricultura familiar e gera acúmulo de combustível fino que propicia a ocorrência de incêndios em grandes extensões, especialmente no final da estação seca, que por sua vez causam graves prejuízos ecológicos e geram altos custos, com baixa eficiência de combate. Assim, é antiga a discussão de que se deve manejar e não apenas tentar excluir o fogo em ambientes pirofíticos. O debate sobre o manejo do fogo e suas consequências ambientais, sociais e econômicas, em diversas escalas, está presente hoje em diversas instituições de gestão ambiental. O assunto envolve grande complexidade, desde os conceitos ecológicos envolvidos e a possibilidade de prever efeitos à capacidade de negociar objetivos de manejo entre diferentes atores que atuam em um território. O presente número da revista Biodiversidade Brasileira, com doze artigos, vem contribuir com este objetivo trazendo resultados e argumentos para subsidiar o debate e o processo de aplicação do manejo integrado do fogo em áreas protegidas. Em 2010 foi lançado um número com o mesmo tema (ver Ribeiro et al. 2011) e é importante notar o avanço nas práticas de manejo desde então. O texto completo do editorial apresenta o conjunto de contribuições e o estado da arte do debate sobre o manejo do fogo no país.Descargas
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