Recuperando área degradada pelo fogo no projeto de assentamento Rosely Nunes, Itaetê, Chapada Diamantina, Bahia, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v9i1.1051Palabras clave:
Fogo, recuperação da área degradada, área demonstrativa e educação ambientalResumen
O Projeto de Assentamento (PA) Rosely Nunes, criado em junho de 1997, pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), beneficiando 160 famílias, está localizado no município de Itaetê, Chapada Diamantina, Bahia, Brasil. Região do Bioma Caatinga. Os moradores deste PA têm como atividade econômica principal a agricultura familiar de sequeiro. Tendo o uso do fogo como prática comum na limpeza de áreas para plantio. Para subsistência em época de estiagem os agricultores, buscam outras alternativas de geração de renda, até supressão de árvores para comercialização já foi utilizada, ato realizado anos atrás e reprimido pela organização social local. Uma das áreas atingidas por essa supressão, seguida de uso do fogo para limpeza do solo e posterior cultivo de culturas agrícolas anuais, está sendo objeto de experimento em recuperação de área degradada na Reserva Legal do PA, em uma área de 1,1 hectare. A experiência iniciou em novembro de 2016, surgindo da iniciativa conjunta, através da parceria entre a Brigada Federal do Assentamento Rosely Nunes, contratada pelo Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (PREVFOGO), através do IBAMA e Associação Comunitária do Assentamento Rosely Nunes. A Brigada Federal é constituída por moradores da comunidade local, de outros assentamentos e moradores das cidades do entorno, e contratada anualmente em caráter emergencial, durante os seis meses críticos (agosto a janeiro). Inicialmente, adotou-se as ações de isolamento da área e plantio das espécies nativas pioneiras. Nos anos seguintes foram realizados novos plantios de adensamento, enriquecimento e tratos culturais: irrigação, coroamento e reposição da cobertura morta. O experimento visa, além de recuperar a área degradada, servir também como área demonstrativa, projeto piloto, com uso didático como experiência empírica nas atividades de Educação Ambiental a serem desenvolvidas com os assentados da reforma agrária e demais públicos. Após três anos, a área encontra-se em processo de recuperação, com replantio de exemplares fenecidos e condução da regeneração natural. Neste sentido, associando experiências de recuperação de área degradada com mudança comportamental no trato dos recursos naturais disponíveis e à s possibilidades de reparar erros cometidos no passado, propiciando equilibrar as necessidades socioambientais, produtivas e econômicasÂ
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