Recorrência de incêndios florestais no território Quilombola Kalunga (GO)

Autores

  • Sara Alves dos Santos Universidade Federal de Goiás (UFG), Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (Lapig), Goiânia, Brasil
  • Maxwell Antonio Penha Araujo Universidade Federal de Goiás (UFG), Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (Lapig), Goiânia, Brasil
  • Nilson Clementino Ferreira Universidade Federal de Goiás (UFG), Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (Lapig), Goiânia, Brasil
  • Noely Vicente Ribeiro Universidade Federal de Goiás (UFG), Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (Lapig), Goiânia, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v9i1.1049

Palavras-chave:

Fogo, focos de queimada, geotecnologias, manejo, cerrado

Resumo

O Sítio Histórico e Patrimônio Cultural Kalunga foi estabelecido pela lei n°11.409/GO, sendo regularizado em âmbito federal como Território em 2009. Sua área total abrange três municípios goianos: Monte Alegre de Goiás, Teresina de Goiás e Cavalcante. Nele vivem comunidades remanescentes de quilombolas, que são "grupos sociais que desenvolveram ao longo da formação histórica brasileira características próprias de ocupação da terra, organização social, produtiva e religiosa" (LIMA,2012, p. 1). Por se tratar de uma área protegida, com uso restrito, existe significativa porção de vegetação remanescente, com grande disponibilidade de combustível natural. As práticas de queima de roça, entre outros usos do fogo pertencente a comunidade, potencializam consideravelmente as ocorrências de incêndios. O que torna necessário entender o fenômeno incêndio florestal, sua dinâmica e principais causas de ocorrências e avanço no território Kalunga. São de suma importância estudos que busquem interagir os aspectos sociais com as características físicas e da vegetação da área de estudo, para mitigar e prefinir os impactos ambientais, dando enfoque no uso de geotecnologias para o planejamento e combate de incêndios. O Território em questão possui expressivas áreas de relevância biológica, cênica, econômica e social, tendo grande importância para toda sociedade e, principalmente, para as comunidades tradicionais que possuem culturas inseridas neste ambiente. Neste sentido, busca-se realizar um estudo/análise da ocorrência e recorrência de incêndios florestais no Território Quilombola Kalunga de Goiás, entre o período de 2009 e 2019. Para tal, far-se-á uma revisão de literatura a respeito da temática, uso de ferramentas de geotecnologias e informações disponibilizadas no "Banco de dados de queimadas" do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), como focos de queimada e área queimada. Estes dados serão complementados com análises de imagens de satélite de média e alta resolução. Este trabalho faz parte do projeto "Desenvolvimento de modelo preditivo de risco de incêndio florestal para o território Quilombola Kalunga (GO)", resultado de uma parceria entre CNPq e Prevfogo-Ibama. Busca-se auxiliar no diagnóstico das queimadas presentes no Território e auxiliar no seu manejo. Além disso, os resultados obtidos contribuirão para ações de sensibilização ambiental nas comunidades presentes no Território.

Biografia do Autor

Sara Alves dos Santos, Universidade Federal de Goiás (UFG), Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (Lapig), Goiânia, Brasil

Possui graduação em Ciências Ambientais pela Universidade Federal de Goiás (2015) e mestrado em Geografia pela Universidade Federal de Goiás (2018). Tem experiência na área de Ciências Ambientais, com ênfase em Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: cerrado, apa, politicas ambientais, sig e unidades de conservação.

Maxwell Antonio Penha Araujo, Universidade Federal de Goiás (UFG), Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (Lapig), Goiânia, Brasil

Possui graduação em Ciências Ambientais pela Universidade Federal de Goiás (2016). Tem experiência na área de Ciências Ambientais, com ênfase em Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto, atuando principalmente nos seguintes temas: unidades de conservação, compartimentação morfopedológica, impacto ambiental, uso do solo e mudanças do uso da terra.

Nilson Clementino Ferreira, Universidade Federal de Goiás (UFG), Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (Lapig), Goiânia, Brasil

Possui graduação em Engenharia Cartográfica pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1990), mestrado em Engenharia de Transportes pela Universidade de São Paulo (1997) e doutorado em Ciências Ambientais pela Universidade Federal de Goiás (2006). Atuou no Centro de Sensoriamento Remoto do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais entre 1995 e 2003. Foi docente da Universidade de Brasília, junto ao Centro Integrado de Ordenamento Territorial entre 1998 e 2001. Atualmente é professor da Escola de Engenharia Civil da Universidade Federal de Goiás. É professor permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais- CIAMB/UFG e do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental e Sanitária PPGEAS/UFG. . Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geoprocessamento, atuando principalmente nos seguintes temas: Geoprocessamento, Cartografia, Sensoriamento Remoto, SIG, Monitoramento Ambiental e Zoneamento Ecológico e Econômico.

Noely Vicente Ribeiro, Universidade Federal de Goiás (UFG), Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (Lapig), Goiânia, Brasil

Graduação em Engenharia Cartográfica pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP (1997). Especialização em Geoprocessamento pela Universidade de Brasília - UnB (2000). Doutorado em Geografia pela Universidade Federal de Goiás - UFG (2010). Professora do Instituto de Estudos Sócio-Ambientais da Universidade Federal de Goiás - UFG. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Cartografia Básica, atuando principalmente nos seguintes temas: cartografia, sensoriamento remoto, geoprocessamento, sistemas de informações geográficas e monitoramento ambiental.

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Publicado

2019-05-15